(¯`·._.·[ Koisas da Aliana ]·._.·´¯)

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domingo, 30 de setembro de 2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012







Eu não existo sem você
 Vinícius de Moraes


Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo  levará você de mim

Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos 
Me encaminham até você.

domingo, 4 de março de 2012

Meu Destino






Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes -
Íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da caebeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...

(Cora Carolina)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia







Nasce o sol, e não dura mais que um dia,

Depois da luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas a alegria.


Porém se acaba o sol, por que nascia?

Se formosa a luz é, por que não dura?

Como a beleza assim se transfigura?

Como o gosto da pena assim se fia?




Mas no sol, e na luz, falte a firmeza,

Na formosura não se dê constância,

E na alegria sinta-se tristeza



Começa o mundo enfim pela ignorância,

E tem qualquer dos bens por natureza

A firmeza somente na inconstância.

(Gregório de Matos)



quarta-feira, 13 de julho de 2011

Carregado de Mim






Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.

O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ousadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.

Não é fácil viver entre os insanos,
Erra, quem presumir que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.

O prudente varão há de ser mudo,
Que é melhor neste mundo, mar de enganos,
Ser louco c' os demais, que só sisudo.

(Gregório de Matos)

Gregório de Matos






Poeta barroco brasileiro, nasceu em Salvador/BA, em 20/12/1623. Foi contemporâneo do pe Antonio Vieira. Amado e odiado, é conhecido por muitos como " boca do inferno", em função de suas poesias satíricas, muitas vezes trabalhando o chulo em violentos ataques pessoais. Influenciado pela estética, estilo e sintaxe de Gôngora e Quevedo, é considerado o verdadeiro iniciador da literatura brasileira.
Sua obra poética apresenta duas vertentes: uma satírica (pela qual é mais conhecido) que, não raro, apresenta aspectos eróticos e pornográficos; outra lírica, de fundo religioso e moral.
Gregório de Matos morreu em Recife/PE, em 1696

quinta-feira, 7 de julho de 2011

De outras Sei






De outras sei que se mostram menos frias,
Amando menos do que amar pareces.
Usam todas de lágrimas e preces:
Tu de acerbas risadas e ironias.

De modo tal minha atenção desvias,
Com tal perícia meu engano teces,
Que, se gelado o coração tivesses,
Certo, querida, mais ardor terias.

Olho-te: cega ao meu olhar te fazes...
Falo-te - e com que fogo a voz levanto! -
Em vão... Finge-te surda às minhas frases...

Surda: e nem ouves meu amargo pranto!
Cega: e nem vês a nova dor que trazes
À dor antiga que doía tanto!

(Olavo Bilac)